quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Curiosidades: Bob Marley, Jacob Miller e Junior Marvin no Brasil

Olá amigos do blog. Espero que todos estejam na paz e desejo muita energia para conseguirmos conquistas desejadas nesse ano!!!

Desde já peço desculpas ao nosso amigo Robson, pois sempre que nos encontramos ele me pede para inserir mais postagens. Mas aí vai uma ótima notícia: A partir de março irei alavancar as postagens para poder surprir a demanada. (rsrs)

Agora, sem mais milongas... apresento-lhes um novo tipo de postagem no blog para 2010 com curiosidades sobre artistas do cenário Reggae e Forró Pé-de-Serra. Então, vamos começar com um de nossos maiores intérpretes da história da música...

Bob Marley, Peter Tosh e Junior Marvin no Rio de Janeiro.

Bob Marley, Junior Marvin (guitarrista dos Wailers), Jacob Miller vocalista do Inner Circle), Chris Blackwell (diretor da Island Records) e a esposa Blackwell, Nathalie, vieram ao Brasil em um jato particular para participar da festa que inaugurou as atividades do selo alemão Ariola no pais. A Island, gravadora original dos Wailers, era então um selo da Ariola. Bob interrompeu as sessões de gravação que resultariam no álbum 'Uprising' para vir ao Brasil. Na descida em Manaus, para reabastecimento, o jato ficou retido por algumas horas. O governo militar certamente não estava vendo com bons olhos a vinda daquela comitiva enfumaçada. Depois de alguma negociação as autoridades acabaram cedendo, mas sem liberar vistos de trabalho, o que desestimulou os que pensaram em improvisar uma apresentação deles em solo brasileiro. Depois ainda desceram em Brasília e rapidamente decolaram em direção ao Rio de Janeiro.

Chegaram no aeroporto Santos Dumont às 18h30m do dia 18 de março, terça-feira. Logo foram cercados pelos repórteres. Bob era mais conhecido na época por ser o autor de "No Woman No Cry", música que havia vendido 500 mil copias na versão de Gilberto Gil. Suas primeiras declarações foram sobre a música brasileira: "O samba e o reggae são a mesma coisa, tem o mesmo sentimento das raízes africanas".

O sonho de uma apresentação de Bob Marley no Brasil jamais se concretizou, mas ao menos tivemos a oportunidade de conhecer outro lado de suas personalidade, mostrando que longe dos palcos e dos estúdios ele era apenas uma pessoa como qualquer outra. Todos os jornais que cobriram sua visita destacaram o fato de que ele se mostrava sempre acessível e disposto, sem traço de estrelismo. Esta vinda ao Brasil foi ofuscada na biografia de Bob Marley pela apresentação na festa da independência cdo Zimbabwe, que aconteceria menos de um mes depois. Mas para quem sente a sua música bater com toda força sem causar dor, esta é uma lembrança inestimável.

Abaixo, um vídeo de Bob Marley e os demais no calçadão da praia... É só copiar o endereço abaixo e colar em uma nova página!!!

http://www.youtube.com/watch?v=dLWReQ84YHM&feature=player_embedded#

sábado, 28 de novembro de 2009

Hugh Mundell - Mundell (1982)





Biografia

Hugh Mundell, que também atende pelo nome de Jah Levi, foi uma das maiores promessas que a musica reggae teve. Descoberto pelo produtor Joe Gibbs, mas quem produziu o garoto foi Augustus Pablo.

Seu primeiro disco é um dos grandes clássicos do reggae de todos os tempos.“África Must Be Free By 1983”, lançado em 1975, quando Hugh Mundell tinha apenas 13 anos de idade. Produzido por Augustus Pablo, o disco é um absurdo!

Infelizmente, em 1983, o mesmo ano citado na capa de seu primeiro disco e também o mesmo ano escolhido para a emancipação da Africa, ele foi baleado e morto aos 21 anos sentado sobre seu cadillac com Junior Reid, após uma discussão sobre um refrigerador.

Hugh Mundel e Augustus Pablo

Mundell, foi um cantor jamaicano que gravou seus poucos discos no fim dos anos 70 pro começo dos 80. Foram os de carreira “Africa Must Be Free by 1983” (e versão dub), de 78; “Time and Place” e “Jah Fire” em 80; “Mundell” em 82 e “Arise” de 83, seu último play. Ele foi assassinado neste mesmo ano em Kingston por razões por mim ainda desconhecidas ou não-aceitas. Destaque para a pedrada "Jacqueline" com Scientitst, "Rasta have the Handle" e "Your face is familiar".


Lista das músicas do álbum:
1 - Jacqueline (feat. Scientist)
2 - Rasta have the Hundle
3 - Going Places
4 - Red Gold and Green
5 - Tell I a Life
6 - 24 Hours a Day
7 - Jah Music
8 - Your face is Familiar


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Jackson do Pandeiro - O rei do Rítmo (1954)



O que dizer desse artista do nosso Forró Pé-de-Serra, que com cerca de 29 álbuns lançados e com sucesso estrondoso em toda sua carreira me faz chegar a seguinte conclusão: Jackson do Pandeiro é sim o verdadeiro Rei do Rítmo!!!
Nesse álbum (O Rei do Rítmo) temos xote, baião, forró com destaque para as músicas Coco Social, Forró em Caruaru, Falsa Patroa e as demais que completam o álbum. Agora, sem mais milongas, segue abaixo a biografia e em seguida o álbum para download.

Biografia
1. Herdeiro dos ritmos

Quando Jackson nasceu, em 31 de agosto de 1919, no antigo Engenho Tanque , Alagoa Grande, na Paraíba, era considerada a “Rainha do Brejo”. Por lá, ele teve os rudimentos do coco da mãe, Flora Mourão, e do ambiente musical da região, dos cantadores de feira aos pianos, dos ritmos afros da Caiana dos Crioulos ao refinamento dos saraus promovidos no Teatro Santa Ignez. O ator norte-americano de filmes de faroeste, Jack Perrin, inspirou os trejeitos e o apelido do menino criado solto, tendo como compromisso ajudar o pai, o oleiro José Gomes, e acompanhar as peripécias sonoras da mestra por sítios, feiras, povoados e por onde houvesse um forrobodó à base do coco, ciranda, maracatu, embolada, cantoria, entre outros gêneros musicais e coreográficos. Com a morte prematura do pai, a família decide partir para Campina Grande, onde Flora, Zé Jack, Severina (Briba) e João (Tinda), traçam um novo desenho para suas vidas, antes fadada ao anônimo infortúnio reservado a milhões de nordestinos. A música mudaria seus destinos.
2. Lapidando os dons
Os anos vividos em Campina Grande e João Pessoa, entre 1930 e 1948, serviram para Jackson aperfeiçoar seu dom natural, convivendo com outros formatos sonoros e instrumentos musicais. Freqüentando “casas de recursos”, difusoras, feiras e emissoras de rádio, o então já conhecido Jack do Pandeiro tocou bateria e firmou-se como pandeirista. O Cassino Eldorado, em Campina, e a Rádio Tabajara, na capital, foram suas duas grandes escolas. Nesse período também descobriu seus dotes cênicos e coreográficos, como o palhaço “Parafuso”, dos pastoris do bairro de Zé Pinheiro, e como o irreverente “Café”, da dupla “Café com Leite”, formada, inicialmente, com o cunhado Zé Lacerda e depois com o compositor Rosil Cavalcanti. No campo pessoal, foi uma fase conturbada. Casa e separa-se de Maria da Penha, filha de uma prostituta, perde a mãe venerada e passa a sustentar a família com dificuldades. Mas sua perícia com o instrumento que lhe deu fama e a estranha e afinadíssima característica vocal desperta a atenção do maestro Nôzinho, que o convida a integrar o elenco musical da novíssima Rádio Jornal do Comércio, em Recife. De lá, sairia para o estrelato.

Antes mesmo de gravar seu primeiro disco, Jackson conheceu a consagração ao participar de uma revista carnavalesca (”A Pisada É Essa”) da Rádio Jornal do Comércio, em fevereiro de 1953, cantando o coco “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti. A música vira uma coqueluche e leva o então representante da Gravadora Copacabana, o também compositor Genival Macedo (autor de “Meu Sublime Torrão”), a propor contrato de exclusividade ao dono daquela esquisita, mas envolvente voz. Em novembro de 1953, é lançado para todo o Brasil o primeiro disco de um acervo de 137, envolvendo mais de 400 canções. “Forró em Limoeiro”, de Edgar Ferreira, e a já famosa entre os pernambucanos, “Sebastiana”, são as escolhidas para a estréia discográfica. O sucesso se repete nacionalmente, enquanto o ritmista mantém-se em Recife, com medo de viajar de avião. Por exigência contratual, vê-se obrigado a seguir – de navio – o mesmo caminho trilhado por outros nomes da música nordestina, o Rio de Janeiro. Chega como uma estrela, que nunca se apagaria.

4. Rei coroado

Em 1954, ao lado da parceira e futura esposa Almira Castilho, Jackson desembarca no Rio de Janeiro para ficar alguns dias promovendo seus primeiros lançamentos, mas passa meses. Todos queriam conhecer e ouvir o intérprete de “Sebastiana”. São Paulo também reivindica atenções, como de resto outras capitais do país. Estava na hora de morar em um grande centro. Depois de serem surrados em uma festa de grã-finos em Recife, já casados, a dupla muda-se definitivamente para a então capital da República, em 1955. Alguns discos depois e já com o nome consolidado, Jackson é “coroado” em disco. “Sua majestade, o Rei do Ritmo” é o reconhecimento a um nordestino que, ao lado de Luiz Gonzaga e João do Vale, conseguiu impor respeito e implantar um estilo que vinga até hoje, cinqüenta anos após o lançamento do seu primeiro disco. Até 1967, quando se separa da esposa e parceira, José Gomes Filho vive os momentos mais esfuziantes de sua vida, alcançando o ápice de sua carreira, que, ao lado de outras estrelas, sofreria profundos reveses a partir de então.

5. A corte
A partir da Jovem Guarda e da ampliação dos espaços para a música internacional, principalmente o rock e o pop, a música nordestina, reunida sob o amplo manto do forró, vai perdendo sua força no mercado discográfico, mas resistindo fortemente pelo interior do Brasil. Jackson, Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, entre tantos outros intérpretes e grupos, passam a sobreviver com shows em praças, feiras, circos e em outros locais menos “glamorosos”, mas cuja sintonia ajudou a preservar o gênero até os dias atuais. Nesse período, Jackson conseguiu manter, ao lado do radialista Adelzon Alves, um programa só de forró, nas madrugadas das quartas-feiras da Rádio Globo, atraindo todo esse universo musical “órfão”, contribuindo decisivamente para o fortalecimento de artistas consolidados ou iniciantes. Por essa época, respeitado no meio, recebe o apelido de “O Velho”. Com seu apoio, nomes como Genival Lacerda, Antônio Barros, Bezerra da Silva, Anastácia, Jacinto Silva, Elino Julião e inúmeros outros conseguem mostrar a arte imortal do Nordeste.

www.jacksondopandeiro.com.br

Jackson do Pandeiro - O rei do Rítmo (1954)

Lista das músicas do álbum:
01. Forró em Caruaru
02. Cabo Tenório
03. O Canto da Ema
04. Sebastiana
05. Cremilda
06. Coco de Improviso
07. Xote de Copacabana
08. A Mulher do Aníbal
09. 1 x 1
10. Coco Social
11. Falsa Patroa
12. O Crime Não Compensa


Download: http://www.4shared.com/file/155904683/2476f40f/Sua_Majestade_-_O_Rei_do_Rtmo.html


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Remanescente do Paraguaçu


pouco mais...


Remanescentes foi um grupo alternativo comunitário que, segundo os seus ex-integrantes, tinha como objetivo levar a mensagem do evangelho através do reggae. Seus fundadores foram os cachoeiranos Nengo Vieira, Sine Calmon, Tin Tim Gomes e Marco Oliveira.
Originalmente formado por músicos da banda Studio 5, que acompanhou o cantor Lazzo Matumbi na gravação do compacto Guarajuba em 1982, o grupo surgiu da experiência comunitária vivida na residência de Nengo Vieira, em Salvador.
O nome sugerido por Tin Tim Gomes foi inspirado em uma passagem da Bíblia, Romanos 9: 27, que diz: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo”.
No começo da década de noventa, quando nasce o grupo Remanescentes, seus fundadores fixam residência em Cachoeira. Assim, Nengo Vieira, Sine Calmon, Tin Tim Gomes, Valéria Leite, João Teoria, Marcos Oliveira, Wilson Tororó e Quinho, passam a trabalhar juntos até meados da década. Nesse período fazem apresentações por quase todo o Recôncavo. Antes da dissolução, em 1994, o grupo grava um disco nos estúdios da WR, que até hoje permanece inédito no mercado fonográfico.Com o final do Remanescentes, Nengo Vieira, Sine Calmon e Tin Tim Gomes seguem carreira solo. Antes disso, Nengo e Tin Tim tentaram dar continuidade ao grupo, mas desistiram um tempo depois. Marcos Oliveira chegou a fundar com Sine Calmon o grupo Sojah, que não durou muito tempo. Logo, Marcos assumiu o comando da banda Dystorção e Sine passa a se apresentar com a sua Morrão Fumegante. Em 1998, a sua música Niambhingy Blues é a mais executada durante o verão baiano, ganhando inclusive regravação na voz de Ivete Sangalo. Como conseqüência disso, Sine grava o seu primeiro disco pela Atração Fonográfica. Nos anos seguintes os outros fundadores do Remanescentes, Nengo Vieira, Tin Tim Gomes e Marcos Oliveira também gravam seus discos.



A liderança ficou estabelecida e dividida entre os quatro, que faziam de suas casas em Cachoeira, suas congregações, onde se reuniam com as famílias para a leitura e interpretação da Bíblia Sagrada. O grupo era formado por oito pessoas que adotavam a estética Rasta, mas que tinham uma forma particular de religião. Ao invés de idolatrarem o imperador etíope Hailé Salassié, que julgavam ser um homem como outro qualquer, adoravam e tinham como salvador Jesus Cristo. Do Rastafarianismo, porém, adotaram além da estética, a influência total da Rebel Music, o repúdio das instituições e o hábito do consumo da Ganja.
O Remanescentes chegou a gravar um disco nos estúdios da WR, em Salvador, mas um tempo depois o grupo foi extinto. O álbum permanece inédito no mercado fonográfico, contudo algumas das canções que fizeram parte desse repertório foram gravadas nos discos dos seus ex-integrantes. Sine Calmon foi o primeiro a gravar: Roda Peão (Nengo Vieira); Policiar sim, malícia não(Nengo Vieira);Mississipi blues(Sine Calmon), Basta Man(Nengo Vieira) e demais(Sine Calmon). Nengo Vieira também gravou Roda Peão (Nengo Vieira) e Basta Man (Nengo Vieira). Desse mesmo repertório Tin Tim Gomes gravou Guerreiro Mor (Nengo Vieira) e Pelo amor de Deus (Nengo Vieira).


O reggae feito pelos Remanescentes seguia o estilo roots jamaicano, que o reggae que se fazia na Jamaica nas décadas de 70/ 80, também conhecido com reggae de raiz, com tempo 4/4, baixo na frente em tom grave, melódica variada e incorporação máxima da bateria. As letras, que traduziam bem o cotidiano dos excluídos, tratavam de problemas sociais, do amor incondicional e da esperança através das palavras espirituais. Apesar do Nengo Vieira ser o músico mais experiente e o principal letrista, tanto as músicas quanto as letras eram tratadas com muita atenção e participação de todos.
Assim, o trabalho dos Remanescentes continua vivo até hoje nas vozes de Sine Calmon, Nengo Vieira, Tin Tim Gomes e Marco Oliveira. Se o trabalho solo desses caras tem a qualidade que voc�s conhecem, imaginem essas feras reunidas num só time. Os Remanescentes eram: Nengo Vieira (voz e guitarra), Sine Calmon (voz e guitarra), Tin Tim Gomes (vocal), Marco Oliveira (voz e contra-baixo), João Teoria (trompete), Quinho (bateria), Beto (percussão), Wilson Tororó (percussão) e Valéria (backing-vocal).
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Fonte: SURFOREGGAE
texto: Bárbara Falcon


sábado, 15 de agosto de 2009

Jah I Ras - Selaisse I Vive (Ao Vivo)


Biografia


O grupo paulista Jah I Ras é um dos grandes nomes em ascensão no cenário nacional. Fundada no final de 2003, a banda vem se destacando por suas letras fortes e conscientes, com um reggae engajado na doutrina Rastafari e uma linha de músicos de dar inveja às grandes bandas jamaicanas da década de 70.
O nome JAH I RAS significa ‘Deus Eu Sou Rasta’” diz Ras Kadhu, vocalista, guitarrista, flautista, percussionista e líder da banda Jah I Ras. Como o próprio Ras Kadhu nos conta em entrevista por e-mail, a banda foi formada por ele próprio e seu amigo baixista, Haile Martins.
Ambos foram integrantes da extinta banda Ganjah Zumba. “Éramos seis pessoas, mas apenas eu e o Haile manifestávamos esta vontade, da busca pela vida Rastafari”, explica Ras Kadhu. “Com o término dessa banda, decidimos nos integrar com irmãos que vivessem a mesma história, que tivessem a mesma necessidade”.

No final de 2003, com a entrada de Robinson “Robi” Tex e Léo Naves nos teclados e Léo Yokota na bateria, a Jah I Ras foi formada. E o início do ano de 2004 foi marcado por muitos ensaios e horas de convivência mútua.
“Nessa época alugamos uma garagem e literalmente nos internamos, ficamos praticamente um ano somente ensaiando, compondo, estudando, convivendo, desenvolvendo uma base firme, fortalecendo nossas raízes e nossas relações” diz Kadhu.
Após praticamente um ano todo de muito ensaio e trabalho, a banda estava pronta, e passou a fazer diversos shows por São Paulo e região. Em dezembro de 2004 o grupo realizou um show ao vivo no KVA, que foi gravado e posteriormente lançado em CD de forma promocional, com o título de “Selassie I Vive”.
A gravação despretensiosa deste show vendeu cerca de 4.000 cópias de forma independente. Além deste show através do qual muitos passaram a conhecer o trabalho da banda, a Jah I Ras já tocou em diversos outros locais importantes, entre eles destaca-se a performance no show “Melhores do Ano 2006” no Expresso Brasil, onde o grupo foi premiado como “Banda Revelação de 2006”.
Atualmente, além dos membros originais Ras Kadhu, Haile Martins e Robi Tex, a Jah I Ras conta com Fio “Drums” na bateria, Ras Gabriel Santana nos teclados, Lincoln Pontes na guitarra base e no didgeridoo (instrumento dos aborígenes australianos), Fernando Alves na guitarra e nos vocais, e Juliana Rocca nos backing vocais.
Na seção de sopro, a Jah I Ras conta ainda com Junior Bill Bill no trombone, Luiz Belinski no Trumpete e Tom no Saxofone, formando no total um grupo de 10 músicos de dar inveja às grandes bandas Jamaicanas.
Ainda segundo o vocalista Ras Kadhu, o grupo está preparando para o próximo mês de setembro o lançamento de seu primeiro CD oficial, que sairá pela gravadora “Pata de Monstro”, do rapper e cordelista Gato Preto. A banda gravou e mixou as faixas do novo trabalho no estúdio Áudio Fyah, com o renomado produtor e engenheiro de som Wagner Bagão, que já trabalhou com nomes de peso do reggae nacional como Tribo de Jah, Reggae Style e Leões de Israel, entre outros.




Fonte: Portal Rasta



Lista das músicas do álbum:


1. Selassie I Vive (intro)
2. Jah Providenciará
3. Rasta no Fight
4. Som, Palavra e Poder
5. Greetings
6. Dance Jah Muzik
7. Eu Derrubo a Babilônia
8. Jah é Amor
9. Babyllon Tell a Lie


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Midnite - Ras Mek Peace (2001)




Biografia
Vinda de St. Croix, Midnite é uma das promessas mais arrepiantes do reggae raiz do milênio. As letras profundas e inovadoras do Midnite são sinceras e enraizadas profundamente para apresentar a outra metade da história. Suas gravações são repletas de mensagens, dignas de horas de reflexão. A voz eletrica do vocalista principal Vaughn Benjamin, parece um apanhado de muitas vozes grandes no reggae. O estilo lírico e potente de Vaughn e os teclados marcantes do seu irmão Ron, dão forma ao núcleo deste quinteto musical, que inclui s Dion Hopkins (bateria), Philip Merchant (baixo) e Abijah (guitarra). Midnite cria as letras baseadas na cultura do Reggae Roots da "antiga escola" somadas a experiências modernas do cotidiano, criando assim um encontro original em forma de música. Reggae - despido e cru é uma descrição perfeita para "o estilo musical das raizes clássicas" de Midnite, em que renuncíam as "modas" do estilo.
"Unpolished" é um dos títulos mais marcantes que inclui clássicos como "Don’t Move", "Mama África", e "Love Your Life You Live". O álbum "Ras Mek Peace" foi gravado usando somente dois canais e foi masterizado sem nenhum reverb, filtros, compressão ou equalização. Canções como "Hieroglyphics", em que o graffiti é comparado aos hieroglifos do Egito antigo, deixa evidente as letras inteligentes e concretas que são caracteristicas das músicas do Midnite.
Depois do lançamento do álbum "Ras Mek Peace", o Midnite retornou para viver em St. Croix de modo que pudessem trabalhar com os músicos locais e fazer gravações em seu laboratório sem nenhuma interferência exterior. Os frutos desse trabalho pode ser encontrado em Jubilees of Zion, que foi lançado em seu próprio selo independente da gravadora Roots do Midnite. Os ritmos expansivos, hipnoticos continuam, ao lado das mensagens da paz, irmandade universal, e resistência cultural a Babilonia. O novo lançamento "Seek Knowledge Before Vengeance" tras a tona o bom e velho Reggae Raiz a tona.
Midnite explode em performances ao vivo com shows que excedem frequentes 3 horas. Seu som vigoroso, rígido, dirigido pelas linhas de baixo cria uma vibração que penetra diretamente ao coração. Midnite é uma das bandas mais emocionantes do cenário Reggae hoje. Quebrando todas as regras, Midnite está ajustando um novo padrão. Armado com uma fundação firme em Jah Rastafari, seus talentos naturais, e uma visão musical forte e descompromissada, o Midnite vem para reerguer as raízes fortes e sinceras do Reggae para os tempos modernos e conturbados de hoje...





Integrantes
Vaughn Benjamin - Vocal


Ron - Teclados


Dion Hopkins - Bateria


Philip Merchant - Baixo


Abijah - Guitarra
Midnite - Ras Mek Peace (2001)

Lista das músicas do álbum:
01 - Pagan pay gone
02 - In the Race so Far
03 - Banking in the Pig
04 - Hieroglyphics
05 - Empress
06 - Lion wears the Crown
07 - Natty Watching you
08 - Rasta man Stand
09 - Love Right (live right)
10 - Foolish and The Wise


Dezarie - Live at The Indepenent (San Francisco - 29/03/2005)

Biografia




Proveniente de St. Croix, ultimamente o berço dos maiores nomes do reggae roots mundial, Dezarie vem se destacando pelo poder vocal e seu indiscutível talento. A cantora é daquelas que possui uma voz característica, com identidade, sendo fácil reconhecer sua música logo nos primeiros toques. É tudo uma mistura de reggae roots, com toques de rap ou dancehall. Se não bastasse sua voz incrivelmente afinada, Dezarie conquistou seu espaço no cenário reggae por uma parceria de respeito. Seus álbuns "Fya" e "Gracious Mama Africa" foram gravados nada mais nada menos que com a banda Midnite, ou seja: PESO IMPLACÁVEL! Aliás, essa parceria não é à toa. Dezarie é esposa do vocalista da banda Midnite, Vaughn Benjamin. Ron Benjamin, irmão de Vaughn e baixista do Midnite, também é seu produtor, e participa das apresentações da "diva do reggae". Contudo, Dezarie é uma ótima opção para quem gosta de um som pesado e de atitude somado a uma voz perfeita e marcante.
Em suas apresentações no Brasil, a cantora foi bem recebida pelas críticas e pelo público, devido sua postura e presença de palco.

Discografia
Fya (2001)
Gracious Mama Africa (2003)
Eazy the Pain (2008)


Lista das músicas do álbum:




01 - Hosana Jah
02 - Sing Out
03 - Gone Down
04 - Most High
05 - Poverty
06 - Only Love
07 - Strengthen your Mind
08 - Law fe de Outlaw
09 - Real Love
10 - Gracious Mama África
11 - Slew dem an Done
12 - Fya

terça-feira, 28 de julho de 2009

Dub - Introdução ao Dub (parte II)

Caracterização


O DUB é caracterizado por ser uma versão de musicas existentes, tipicamente enfatizada pelas batidas da bateria e as linhas arrojadas de baixo. As trilhas instrumentais são saturadas de efeitos processados (delay e reverb) aplicados a pedaços da letra e em algumas peças da percussão, enquanto os outros instrumentos passeiam entrando e saindo da mixagem, e algumas vezes do tempo da música. Uma outra característica do DUB é o baixo encorpado com tons bem graves. A música incorpora, além de efeitos processados, outros ruídos como cantar de pássaros, trovões e relâmpagos, fluxo de água, e algumas inserções de vocais externos; pode ser mixada ao vivo por DJs, aumentando o grau de detalhes sonoros.
Versões instrumentais
Essas versões são geralmente instrumentais, algumas vezes incluindo trechos de vocais da versão original. Freqüentemente essas faixas são usadas por Toasters (espécie de oradores) em rimas expressivas e de grande impacto com letras aliteradas, que são chamadas de remixes de DJs. Como oposto da terminologia hip-hop, no DUB quem comanda o microfone é chamado de DJ (também chamado de MC – Microfone Commander ou Master of Ceremony), enquanto quem escolhe as músicas e opera os toca-discos é o Seletor.


Economia
A maior razão da produção de várias versões é a economia: um produtor pode usar uma gravação própria para produzir inúmeras versões dentro de uma única sessão de estúdio. Essas versões são também uma oportunidade para exercitar o lado criativo do produtor e do engenheiro de som. Normalmente essas versões eram lançadas no lado B dos singles, enquanto o lado A era exclusivo para o lançamento de hits.


Principais Artistas



O produtor King Tubby é considerado o pioneiro do Dub. Lee "Scratch" Perry talvez seja o nome mais famoso, enquanto o inglês Mad Professor é um dos maiores produtores atualmente.
Mrom é o autor da versão dub de One Love, de Bob Marley. Inclui duas versões diferentes, com modificações leves (LSD Version) e pesada (Extra Lysergic).


Listagem dos principais artistas internacionais:


Augustus Pablo
Asian Dub Foundation

Bandulu Dub

Burning Babylon

Bush Chemists

Doctor Echo

Dreadzone

Dub Division

Dub Is A Weapon

Dubmatix

Dubconscious

Dub Deluxe

Dub Is A Weapon

Dub Trio

Dub Division

Dub Wiser

Fat Freddy's Drop

Harry Mudie

High Tone

Katchafire

Keith Hudson

King Earthquake

King Tubby

Jah Shaka

JOE GIBBS

Linton Kwesi Johnson

Prince/King Jammy

Mad Professor

Mikey Dread

Ott

Prince Far I

Satori

Scientist

Lee "Scratch" Perry

Salmonella Dub

Sly and Robbie

Vibronics

Yabby You

Zion Train


Dub no Brasil
As primeiras canções em ritmo Dub feitas no Brasil foram lançadas pela banda Paralamas do Sucesso, no disco "Selvagem", em 1986. Eram as músicas "Teerã Dub" (versão dub de "Teerã") e "Marujo Dub" (Versão Dub de "Melô Do Marinheiro").
Na década de 90 mais bandas visitaram o estilo.
Em 1994, a banda carioca O Rappa lançou seu primeiro disco, que trazia canções Dub. O estilo da banda traz bastante influência do Dub, principalmente nos shows, onde fazem ao vivo versões Dub de suas canções.
Outra banda bastante influenciada pelo Dub foi Chico Science & Nação Zumbi. Embora possa ser difícil identificar quais canções da banda trazem influência de Dub, ela é bastante evidente em faixas como "Côco Dub" e "Dubismo".
Em 1999, a banda Cidade Negra lançou o CD "Dubs", talvez o primeiro CD lançado no Brasil só com músicas em ritmo Dub. O disco vinha acompanhado de outro chamado "Hits", que trazia relançamentos das canções de maior sucesso dos discos anteriores. Nos discos posteriores da banda, várias canções passaram a ter bastante influência do Dub.
Outras bandas que lançaram músicas em ritmo Dub no Brasil foram Djambi, Echo Sound System, Canamaré, Skank, Reggae B, as bandas gaúchas Profetas de Zion e Ultramen (cujas canções "Estrada Perdida Dub" e "Máquina Do Tempo Dub" estão entre as melhores do estilo já feitas no Brasil) e o grupo de Rap Face Da Morte.
Recentemente surgiu um certo interesse pelo Dub no Brasil, o que fez surgirem algumas bandas especializadas nesse estilo, como Dubtribe Sound System.
No Rio de Janeiro, o primeiro sound system especializado em dub foi o Digitaldubs, criado em 2001 por MPC, Nelson Meirelles e Cristiano Talkmaster.

Augustus Pablo - Rebel Rock Reggae This Is Augustus Pablo (1973)



Augustus Pablo é um dos meus favoritos artitas de Reggae Dub, mas não para por aí não. O próximo artista de dub que postarei será King Tubby, um dos monstros do Dub. Abaixo segue informações sobre o artista para alimentar nossas mentes sedentes de informação!

Biografia

Tudo começou em finais dos anos 60, quando a um pacato jovem que vivia nas ruas de Kingston (Jamaica) lhe foi oferecida uma flauta de teclas, (Melodica). Um instrumento usado geralmente nas aulas de música em escolas. Horace Swaby aka Augustus Pablo é o nome desta figura emblemática da música Jamaicana.
A primeira gravação surgiu em 1970, com apenas 13 anos. "Iggy Iggy" sem dúvida inovou, para além da primeira garvação de Pablo, foi também a primeira base musical na ilha a utilizar Melódica como instrumento base, gravação realizada no estúdio Randy's 17, produzido por Herman Chin-Loy. A partir desse momento foram construídas inúmeras harmoniosas melodias para vários produtores, Clive Chin, Derrick Harriot, Lee Perry, etc, estava assim criado o denominado som "Far East". Notáveis canções como "East of River Nile", "Java", "Pretty Baby", "Skanking Easy" utilizando a base original do ritmo "Swing Easy" tocada originalmente pelos Soul Vendors no famoso Studio One, etc. Depois destes e outros sucessos Pablo começou a brilhante carreira de produtor desenvolvendo um estilo próprio, "Far Eastern Style", tornando-se tão popular como o estilo original de Clement Dodd (Studio One) ou Lee Perry (Black Ark), sem colocar de lado a sua criatividade e originalidade. É no momento em que se torna produtor, que King Tubby's se associa a Pablo misturando as suas produções, desta associação surge em 1976 um "MARCO" na História da Música Reggae, o LP "King Tubby Meets The Rockers Uptown". Sem dúvida uma das mais reconhecidas características e poderei dizer vantagens de Pablo, foi o facto de ter dado a oportunidade de gravar a cantores bastante jovens e completamente desconhecidos, foi o caso de Hugh Mundell (com apenas 13 anos gravou o LP "Africa Must Be Free By The Year of 1983"), Delroy Williams, Tetrack, até Dillinger gravou para Pablo (Dillinger ficou internacionalmente conhecido pela canção "Cokaine In My Brain" produzida por Jojo Hookin) e ainda Jacob Miller. Sem dúvida que até ao final da década de 70, o "Far Eastern Style" foi um dos sons que em pé de igualdade com o som de Lee Perry, Bunny Lee, etc "dominaram" a ilha. Nos anos 80, sucessos de Pablo, sobretudo pelas produções com os artistas Junior Delgado e Johnny Osbourne.
Augustus Pablo faleceu mas será sempre lembrado pelo enorme contribuição que deu à Música Reggae ao longo de cerca de 29 anos de carreira...


Lista das músicas do álbum:
01 - dub organizer
02 - please sunrise
03 - point blank
04 - arabian rock
05 - pretty baby
06 - pablo in dub
08 - dread eye
09 - too late
10 - assignment no. 1
11 - jah rock
12 - lover's mood
13 - java original
14 - guiding red

Introdução ao Dub (parte I)

Antes de tudo, começo com a história do Dub, para vocês se informarem, e para os já informados também revisar e depois baixarem os álbuns disponíveis no blog. Então, segue abaixo o conteúdo sobre a viajem que o Dub nos proporciona!!! Desde já agradeço ao amigo William e Paulinho Roots pelas dicas. Jah bless!!!


Para acompanharmos como foi a etapa de formação do Dub, precisamos voltar até 1967, época em que o rocksteady era o som da vez. "Ruddy Redwood" era dono de um soundsystem em Spanish Town e amigo de um dos barões da música jamaicana, Duke Reid. Essa fortuita amizada lhe rendia alguns specials, ou dub-plates, acetatos vagabundos que serviam de teste para o lançamento comercial de um compacto. Se a receptividade da música fosse boa nos soundsystems afiliados, "satélites", como o de Ruddy, Duke, através da sua gravadora Treasure Isle, colocava a música no mercado. Pois bem. Um belo dia, Ruddy recebe a música "On The Beach", dos Paragons, sem os vocais. A total falta de atenção do engenheiro de som, fez com que o nome de Ruddy entrasse pra história. Se forço um pouco meus ouvidos, escuto o "bingo" que Ruddy gritou quando ouviu a novidade. À meia noite, Mr. Midnight, como era conhecido, tocou "On the Beach" duas vezes seguidas. A primeira com vocais e a segunda sem, fazendo todo mundo cantar a música inteira. Foi um sucesso que abalou para sempre as estruturas da música jamaicana: o nascimento das versions. Assim que Reid ficou sabendo dessa possibilisade, tratou logo de produzir versões sem vocal dos seus principais hits. Logo, logo, essas versões começaram a ser lideradas por instrumentos, como o sax e o órgão. Já em 1970, praticamante todos os compactos jamaicanos vinham com uma version no lado b.

Naquela época, a mola mestra musical da Jamaica era a diferenciação. Quem fizesse o feijão com arroz estava morto. Qualquer produtor poderia lançar uma versão sem vocal, ou pedir para um músico tarimbado solar em cima da melodia. Mas, alguns produtores pioneiros, começaram a usar o estúdio e a mesa de som como um instrumento musical como qualquer outro. "Phantom", de Clancy Eccles, "Pop a Top", de Lynford Anderson, e "News Flash", de Joe Gibbs, um instrumental que editava partes de 3 músicas diferentes, são exemplos clássicos dessas inovações. Até que, em 1971, surge "Voo-doo", dos Hippy Boys, mixada por Lynford Anderson, o primeiro dub da história: baixo e bateria lá na frente, guitarra e teclados lá atrás, ecos, delays e reverbs numa desorientação completa.