sábado, 28 de novembro de 2009

Hugh Mundell - Mundell (1982)





Biografia

Hugh Mundell, que também atende pelo nome de Jah Levi, foi uma das maiores promessas que a musica reggae teve. Descoberto pelo produtor Joe Gibbs, mas quem produziu o garoto foi Augustus Pablo.

Seu primeiro disco é um dos grandes clássicos do reggae de todos os tempos.“África Must Be Free By 1983”, lançado em 1975, quando Hugh Mundell tinha apenas 13 anos de idade. Produzido por Augustus Pablo, o disco é um absurdo!

Infelizmente, em 1983, o mesmo ano citado na capa de seu primeiro disco e também o mesmo ano escolhido para a emancipação da Africa, ele foi baleado e morto aos 21 anos sentado sobre seu cadillac com Junior Reid, após uma discussão sobre um refrigerador.

Hugh Mundel e Augustus Pablo

Mundell, foi um cantor jamaicano que gravou seus poucos discos no fim dos anos 70 pro começo dos 80. Foram os de carreira “Africa Must Be Free by 1983” (e versão dub), de 78; “Time and Place” e “Jah Fire” em 80; “Mundell” em 82 e “Arise” de 83, seu último play. Ele foi assassinado neste mesmo ano em Kingston por razões por mim ainda desconhecidas ou não-aceitas. Destaque para a pedrada "Jacqueline" com Scientitst, "Rasta have the Handle" e "Your face is familiar".


Lista das músicas do álbum:
1 - Jacqueline (feat. Scientist)
2 - Rasta have the Hundle
3 - Going Places
4 - Red Gold and Green
5 - Tell I a Life
6 - 24 Hours a Day
7 - Jah Music
8 - Your face is Familiar


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Jackson do Pandeiro - O rei do Rítmo (1954)



O que dizer desse artista do nosso Forró Pé-de-Serra, que com cerca de 29 álbuns lançados e com sucesso estrondoso em toda sua carreira me faz chegar a seguinte conclusão: Jackson do Pandeiro é sim o verdadeiro Rei do Rítmo!!!
Nesse álbum (O Rei do Rítmo) temos xote, baião, forró com destaque para as músicas Coco Social, Forró em Caruaru, Falsa Patroa e as demais que completam o álbum. Agora, sem mais milongas, segue abaixo a biografia e em seguida o álbum para download.

Biografia
1. Herdeiro dos ritmos

Quando Jackson nasceu, em 31 de agosto de 1919, no antigo Engenho Tanque , Alagoa Grande, na Paraíba, era considerada a “Rainha do Brejo”. Por lá, ele teve os rudimentos do coco da mãe, Flora Mourão, e do ambiente musical da região, dos cantadores de feira aos pianos, dos ritmos afros da Caiana dos Crioulos ao refinamento dos saraus promovidos no Teatro Santa Ignez. O ator norte-americano de filmes de faroeste, Jack Perrin, inspirou os trejeitos e o apelido do menino criado solto, tendo como compromisso ajudar o pai, o oleiro José Gomes, e acompanhar as peripécias sonoras da mestra por sítios, feiras, povoados e por onde houvesse um forrobodó à base do coco, ciranda, maracatu, embolada, cantoria, entre outros gêneros musicais e coreográficos. Com a morte prematura do pai, a família decide partir para Campina Grande, onde Flora, Zé Jack, Severina (Briba) e João (Tinda), traçam um novo desenho para suas vidas, antes fadada ao anônimo infortúnio reservado a milhões de nordestinos. A música mudaria seus destinos.
2. Lapidando os dons
Os anos vividos em Campina Grande e João Pessoa, entre 1930 e 1948, serviram para Jackson aperfeiçoar seu dom natural, convivendo com outros formatos sonoros e instrumentos musicais. Freqüentando “casas de recursos”, difusoras, feiras e emissoras de rádio, o então já conhecido Jack do Pandeiro tocou bateria e firmou-se como pandeirista. O Cassino Eldorado, em Campina, e a Rádio Tabajara, na capital, foram suas duas grandes escolas. Nesse período também descobriu seus dotes cênicos e coreográficos, como o palhaço “Parafuso”, dos pastoris do bairro de Zé Pinheiro, e como o irreverente “Café”, da dupla “Café com Leite”, formada, inicialmente, com o cunhado Zé Lacerda e depois com o compositor Rosil Cavalcanti. No campo pessoal, foi uma fase conturbada. Casa e separa-se de Maria da Penha, filha de uma prostituta, perde a mãe venerada e passa a sustentar a família com dificuldades. Mas sua perícia com o instrumento que lhe deu fama e a estranha e afinadíssima característica vocal desperta a atenção do maestro Nôzinho, que o convida a integrar o elenco musical da novíssima Rádio Jornal do Comércio, em Recife. De lá, sairia para o estrelato.

Antes mesmo de gravar seu primeiro disco, Jackson conheceu a consagração ao participar de uma revista carnavalesca (”A Pisada É Essa”) da Rádio Jornal do Comércio, em fevereiro de 1953, cantando o coco “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti. A música vira uma coqueluche e leva o então representante da Gravadora Copacabana, o também compositor Genival Macedo (autor de “Meu Sublime Torrão”), a propor contrato de exclusividade ao dono daquela esquisita, mas envolvente voz. Em novembro de 1953, é lançado para todo o Brasil o primeiro disco de um acervo de 137, envolvendo mais de 400 canções. “Forró em Limoeiro”, de Edgar Ferreira, e a já famosa entre os pernambucanos, “Sebastiana”, são as escolhidas para a estréia discográfica. O sucesso se repete nacionalmente, enquanto o ritmista mantém-se em Recife, com medo de viajar de avião. Por exigência contratual, vê-se obrigado a seguir – de navio – o mesmo caminho trilhado por outros nomes da música nordestina, o Rio de Janeiro. Chega como uma estrela, que nunca se apagaria.

4. Rei coroado

Em 1954, ao lado da parceira e futura esposa Almira Castilho, Jackson desembarca no Rio de Janeiro para ficar alguns dias promovendo seus primeiros lançamentos, mas passa meses. Todos queriam conhecer e ouvir o intérprete de “Sebastiana”. São Paulo também reivindica atenções, como de resto outras capitais do país. Estava na hora de morar em um grande centro. Depois de serem surrados em uma festa de grã-finos em Recife, já casados, a dupla muda-se definitivamente para a então capital da República, em 1955. Alguns discos depois e já com o nome consolidado, Jackson é “coroado” em disco. “Sua majestade, o Rei do Ritmo” é o reconhecimento a um nordestino que, ao lado de Luiz Gonzaga e João do Vale, conseguiu impor respeito e implantar um estilo que vinga até hoje, cinqüenta anos após o lançamento do seu primeiro disco. Até 1967, quando se separa da esposa e parceira, José Gomes Filho vive os momentos mais esfuziantes de sua vida, alcançando o ápice de sua carreira, que, ao lado de outras estrelas, sofreria profundos reveses a partir de então.

5. A corte
A partir da Jovem Guarda e da ampliação dos espaços para a música internacional, principalmente o rock e o pop, a música nordestina, reunida sob o amplo manto do forró, vai perdendo sua força no mercado discográfico, mas resistindo fortemente pelo interior do Brasil. Jackson, Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, entre tantos outros intérpretes e grupos, passam a sobreviver com shows em praças, feiras, circos e em outros locais menos “glamorosos”, mas cuja sintonia ajudou a preservar o gênero até os dias atuais. Nesse período, Jackson conseguiu manter, ao lado do radialista Adelzon Alves, um programa só de forró, nas madrugadas das quartas-feiras da Rádio Globo, atraindo todo esse universo musical “órfão”, contribuindo decisivamente para o fortalecimento de artistas consolidados ou iniciantes. Por essa época, respeitado no meio, recebe o apelido de “O Velho”. Com seu apoio, nomes como Genival Lacerda, Antônio Barros, Bezerra da Silva, Anastácia, Jacinto Silva, Elino Julião e inúmeros outros conseguem mostrar a arte imortal do Nordeste.

www.jacksondopandeiro.com.br

Jackson do Pandeiro - O rei do Rítmo (1954)

Lista das músicas do álbum:
01. Forró em Caruaru
02. Cabo Tenório
03. O Canto da Ema
04. Sebastiana
05. Cremilda
06. Coco de Improviso
07. Xote de Copacabana
08. A Mulher do Aníbal
09. 1 x 1
10. Coco Social
11. Falsa Patroa
12. O Crime Não Compensa


Download: http://www.4shared.com/file/155904683/2476f40f/Sua_Majestade_-_O_Rei_do_Rtmo.html


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Remanescente do Paraguaçu


pouco mais...


Remanescentes foi um grupo alternativo comunitário que, segundo os seus ex-integrantes, tinha como objetivo levar a mensagem do evangelho através do reggae. Seus fundadores foram os cachoeiranos Nengo Vieira, Sine Calmon, Tin Tim Gomes e Marco Oliveira.
Originalmente formado por músicos da banda Studio 5, que acompanhou o cantor Lazzo Matumbi na gravação do compacto Guarajuba em 1982, o grupo surgiu da experiência comunitária vivida na residência de Nengo Vieira, em Salvador.
O nome sugerido por Tin Tim Gomes foi inspirado em uma passagem da Bíblia, Romanos 9: 27, que diz: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo”.
No começo da década de noventa, quando nasce o grupo Remanescentes, seus fundadores fixam residência em Cachoeira. Assim, Nengo Vieira, Sine Calmon, Tin Tim Gomes, Valéria Leite, João Teoria, Marcos Oliveira, Wilson Tororó e Quinho, passam a trabalhar juntos até meados da década. Nesse período fazem apresentações por quase todo o Recôncavo. Antes da dissolução, em 1994, o grupo grava um disco nos estúdios da WR, que até hoje permanece inédito no mercado fonográfico.Com o final do Remanescentes, Nengo Vieira, Sine Calmon e Tin Tim Gomes seguem carreira solo. Antes disso, Nengo e Tin Tim tentaram dar continuidade ao grupo, mas desistiram um tempo depois. Marcos Oliveira chegou a fundar com Sine Calmon o grupo Sojah, que não durou muito tempo. Logo, Marcos assumiu o comando da banda Dystorção e Sine passa a se apresentar com a sua Morrão Fumegante. Em 1998, a sua música Niambhingy Blues é a mais executada durante o verão baiano, ganhando inclusive regravação na voz de Ivete Sangalo. Como conseqüência disso, Sine grava o seu primeiro disco pela Atração Fonográfica. Nos anos seguintes os outros fundadores do Remanescentes, Nengo Vieira, Tin Tim Gomes e Marcos Oliveira também gravam seus discos.



A liderança ficou estabelecida e dividida entre os quatro, que faziam de suas casas em Cachoeira, suas congregações, onde se reuniam com as famílias para a leitura e interpretação da Bíblia Sagrada. O grupo era formado por oito pessoas que adotavam a estética Rasta, mas que tinham uma forma particular de religião. Ao invés de idolatrarem o imperador etíope Hailé Salassié, que julgavam ser um homem como outro qualquer, adoravam e tinham como salvador Jesus Cristo. Do Rastafarianismo, porém, adotaram além da estética, a influência total da Rebel Music, o repúdio das instituições e o hábito do consumo da Ganja.
O Remanescentes chegou a gravar um disco nos estúdios da WR, em Salvador, mas um tempo depois o grupo foi extinto. O álbum permanece inédito no mercado fonográfico, contudo algumas das canções que fizeram parte desse repertório foram gravadas nos discos dos seus ex-integrantes. Sine Calmon foi o primeiro a gravar: Roda Peão (Nengo Vieira); Policiar sim, malícia não(Nengo Vieira);Mississipi blues(Sine Calmon), Basta Man(Nengo Vieira) e demais(Sine Calmon). Nengo Vieira também gravou Roda Peão (Nengo Vieira) e Basta Man (Nengo Vieira). Desse mesmo repertório Tin Tim Gomes gravou Guerreiro Mor (Nengo Vieira) e Pelo amor de Deus (Nengo Vieira).


O reggae feito pelos Remanescentes seguia o estilo roots jamaicano, que o reggae que se fazia na Jamaica nas décadas de 70/ 80, também conhecido com reggae de raiz, com tempo 4/4, baixo na frente em tom grave, melódica variada e incorporação máxima da bateria. As letras, que traduziam bem o cotidiano dos excluídos, tratavam de problemas sociais, do amor incondicional e da esperança através das palavras espirituais. Apesar do Nengo Vieira ser o músico mais experiente e o principal letrista, tanto as músicas quanto as letras eram tratadas com muita atenção e participação de todos.
Assim, o trabalho dos Remanescentes continua vivo até hoje nas vozes de Sine Calmon, Nengo Vieira, Tin Tim Gomes e Marco Oliveira. Se o trabalho solo desses caras tem a qualidade que voc�s conhecem, imaginem essas feras reunidas num só time. Os Remanescentes eram: Nengo Vieira (voz e guitarra), Sine Calmon (voz e guitarra), Tin Tim Gomes (vocal), Marco Oliveira (voz e contra-baixo), João Teoria (trompete), Quinho (bateria), Beto (percussão), Wilson Tororó (percussão) e Valéria (backing-vocal).
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Fonte: SURFOREGGAE
texto: Bárbara Falcon